Carl Barks (Merrill, Oregon, 27 de Março de 1901—25 de Agosto de 2000) foi um famoso ilustrador dos estúdios Disney e criador de arte seqüencial, responsável pela invenção de Patópolis e muitos de seus habitantes: Tio Patinhas (1947), Gastão (1948), Irmãos Metralha (1951), Professor Pardal(1952) e Maga Patalógika (1961), entre outros. A qualidade de seus roteiros e desenhos lhe rendeu os apelidos O Homem dos Patos e O Bom Artista dos Patos. O autor de quadrinhos Will Eisner chamou-o de "Hans Christian Andersen dos quadrinhos".
Barks nasceu em Merrill, Oregon, filho de William Barks e sua esposa Arminta Johnson. Ele tinha um irmão mais velho chamado Clyde. Seu avô paterno se chamava David Barks e seus avós maternos eram Carl Johnson e Suzanna Massey, mas além disso pouco se sabe sobre seus antepassados.
Em 1942, a editora que publicava as histórias em quadrinhos do Pato Donald precisava de material inédito e procurou-o. Foi aí que surgiu "O Tesouro do Pirata" ("Donald Duck Finds Pirate Gold", no original em inglês), aventura baseada em uma animação que não chegou a sair do papel, com roteiro de Bob Karp. Os desenhos foram divididos entre Barks e Jack Hannah. Esta não foi, contudo, seu primeiro trabalho com quadrinhos para a Disney: ele já tinha, naquele mesmo ano, assinado o roteiro de uma história do cão Pluto, ao lado de Hannah e Nick George.
Em 6 de novembro daquele ano, Barks deixou o emprego de animador. O motivo "oficial" foi que o ar-condicionado agravara sua sinusite, mas os problemas principais foram o racionamento de combustíveis imposto pela Segunda Guerra Mundial, que dificultava o acesso ao escritório, e o fato de fazer desenhos animados com propaganda bélica. No mês seguinte, trabalhando a partir de casa, passou a colaborar regularmente com a Western Publishing, que editava os quadrinhos do Pato Donald. A editora mandou a ele um argumento de HQ, que ele devia desenvolver. Percebendo alguns "furos" no roteiro, Barks escreveu de volta perguntando se poderia fazer modificações. Diante da resposta positiva, deu o seu estilo à trama, o que lhe valeu um convite para escrever uma história e desenhá-la. A partir daí, iniciou um trabalho que produziu, ao longo de 25 anos, mais de 6 mil páginas e 500 histórias.
Barks fez uma reestilização do pato, arredondando seu corpo e diminuindo o bico, e imprimindo um estilo mais alegre.
Carl Barks influenciou outros artistas. Talvez o mais famoso seja Steven Spielberg, que baseou ao menos duas cenas dos filmes de Indiana Jones em roteiros do "Homem dos Patos". A seqüência da pedra que rola na direção do personagem de Harrison Ford, em Os Caçadores da Arca Perdida, é baseada no "Quebra-Crânio Rugidor" idealizado por Barks na história "As Cidades do Ouro", de 1954. A inundação da mina em Indiana Jones e o Templo da Perdição foi inspirada em parte do roteiro de "As Minas do Rei Toleimon", de 1958.
Créditos á Wikipédia.
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